domingo, 19 de abril de 2009
Pauling e a vitamina C
Linus Pauling, Ph.D., foi a única pessoa que ganhou dois prêmios Nobel sem dividir. Ele recebeu os prêmios de química em 1954 e da paz em 1962. Sua morte recente estimulou muitos tributos a suas conquistas científicas. Seu impacto no mercado da saúde, entretanto, foi tudo menos louvável.
Pauling é largamente responsável pela disseminação da crença errônea de que altas doses de vitamina C são eficazes contra resfriados, gripes e outras doenças. Em 1968, ele postulou que as necessidades das pessoas por vitaminas e outros nutrientes variam notadamente e que para manter boa saúde, muitas pessoas precisam de quantidades de nutrientes muito superior a Ingestão Diária Recomendada (IDRs). E ele especulava que megadoses de certas vitaminas e minerais podiam muito bem ser o tratamento de escolha para algumas formas de doenças mentais. Denominou esta abordagem de "ortomolecular," que significa "molécula certa." Após isto, continuamente expandiu a lista de doenças que ele acreditava poderiam ser influenciadas pela terapia "ortomolecular" e o número de nutrientes disponíveis para tal uso. Nenhum cientista da nutrição ou médico responsável compartilha estes pontos de vista.
Em 1970, Pauling anunciou em Vitamin C and the Common Cold que tomar 1.000 mg de vitamina C diariamente reduziria a incidência de resfriados em 45% para a maioria das pessoas mas que algumas precisariam quantidades muito maiores. (A IDR para vitamina C é de 60 mg). A revisão de 1976 do livro, agora com o título de Vitamin C, the Common Cold and the Flu, sugeria doses ainda maiores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário