segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Faraday


Michael Faraday (Newington, Surrey, 22 de setembro de 1791 — Hampton Court, 25 de agosto de 1867) foi um físico e químico britânico, sendo considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Suas contribuições mais importantes e seus trabalhos mais conhecidos foram nos intimamente conectados fenômenos da eletricidade e magnetismo, mas ele também fez contribuições muito importantes em química.

Faraday foi principalmente um experimentalista, de fato, ele foi descrito como o "melhor experimentalista na história da ciência", embora não conhecesse matemática avançada, como cálculo infinitesimal. Tanto suas contribuições para a ciência, e o impacto delas no mundo, são certamente grandes: suas descobertas científicas cobrem áreas significativas das modernas física e química, e a tecnologia desenvolvida baseada em seu trabalho está ainda mais presente. Suas descobertas em eletromagnetismo deixaram a base para os trabalhos de engenharia no fim do século XIX por pessoas como Edison, Siemens, Tesla e Westinghouse, que tornaram possível a eletrificação das sociedades industrializadas, e seus trabalhos em eletroquímica são agora amplamente usados em química industrial.

Na física, foi um dos primeiros a estudar as conexões entre eletricidade e magnetismo. Em 1821, logo após Oersted ser o primeiro a descobrir que a eletricidade e o magnetismo eram associados entre si, Faraday publicou seu trabalho que chamou de "rotação eletromagnética" (princípio por trás do funcionamento do motor elétrico). Em 1831, Faraday descobriu a indução eletromagnética, o princípio por trás do gerador elétrico e do transformador elétrico. Suas idéias sobre os campos elétrico e os magnéticos, e a natureza dos campos em geral, inspiraram trabalhos posteriores nessa área (como as equações de Maxwell), e campos do tipo que ele fitou são conceitos-chave da física atual.

Na química, descobriu o benzeno, produziu os primeiros cloretos de carbono conhecidos (C2Cl6 e C2Cl4), ajudou a estender as fundações da metalurgia e metalografia, além de ter tido sucesso em liqüefazer gases nunca antes liquefeitos (dióxido de carbono, cloro, entre outros), tornando possível métodos de refrigeração que foram muito usados. Talvez sua maior contribuição foi em virtualmente fundar a eletroquímica, e introduzir termos como eletrólito, ânodo, catodo, eletrodo, e íon.

Einstein e a Teoria da relatividade.


Uma das descobertas mais importantes do século XX, feita por Einstein, é a de que podemos apresentar as leis da Física na forma de uma geometria quadridimensional, em que o tempo é uma dimensão adicional às três dimensões espaciais a que estamos habituados (como as coordenadas x,y e z).
Das ideias que levaram à Relatividade restrita, sem dúvida a mais importante para se entender o papel da gravitação na Física é a ideia, chamada de princípio da relatividade, de que as leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquer referencial inercial. Este princípio deve ser obedecido por qualquer lei da Física que venha a ser expressa nesse contexto.
Einstein supôs que a gravidade, devido ao princípio da equivalência entre massa inercial e gravitacional, seria um tipo de força inercial, isto é, do tipo que aparece em sistemas não inerciais (em movimento acelerado), como, por exemplo, a força centrífuga em um carrossel, ou a força que o empurra para trás durante a aceleração de um trem.
Com esta ideia em mente, e generalizando a ideia da Relatividade restrita, Einstein propôs que:
As leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquer sistema de coordenadas, em movimento uniforme ou não.
É por esta via da covariância sob mudança de coordenadas generalizadas que a gravitação se acopla ao eletromagnetismo e à mecânica clássica, para os quais foi direcionado o desenvolvimento inicial da Relatividade restrita.
Laboratórios em órbita ou em queda livre são o que temos na Terra de mais próximo de um referencial localmente inercial. Portanto, se for necessário realizar um experimento em um local livre de forças externas, há duas opções na Terra: entrar em um avião, subir até algumas dezenas de quilômetros de altura e deixar-se cair em queda livre (dentro de um avião, num voo parabólico), ou usar qualquer uma estação espacial em órbita.
O postulado base da Teoria da Relatividade Geral, chamado de Princípio da Equivalência, especifica que sistemas acelerados e sistemas submetidos a campos gravitacionais são fisicamente equivalentes. Nas próprias palavras de Einstein em seu trabalho de 1915:
Nós iremos portanto assumir a completa equivalência física entre um campo gravitacional e a correspondente aceleração de um sistema de referência. Esta hipótese estende o princípio da relatividade especial para sistemas de referência uniformemente acelerados.
Por esse princípio, uma pessoa numa sala fechada, acelerada por um foguete com a mesma aceleração que a da gravidade na Terra (9,78m / s2), não poderia descobrir se a força que a prende ao chão tem origem no campo gravitacional terrestre ou se é devida à aceleração da própria sala através do espaço e vice-versa. Uma pessoa em uma sala em órbita ou queda livre em direção a um planeta não saberá dizer por observação local se encontra em órbita ao redor de um planeta ou no espaço profundo, longe de qualquer corpo celeste. Esse experimento mental é conhecido na literatura como o elevador de Einstein.

Darwinismo


O Darwinismo é uma teoria elaborada pelo naturalista inglês Charles Robert Darwin, publicada em 1859 no livro On the origin of species (A origem das espécies), explicando a evolução dos seres vivos por meio da seleção natural.
O Darwinismo é utilizado por biólogos, filósofos, matemáticos e cientistas para descrever processos evolucionários semelhantes à evolução da vida, como o desenvolvimento de software com algoritmos genéticos.
• Durante a transição de gerações considerável número de indivíduos falece, antes mesmo de procriarem;
• Os que sobrevivem e geram descendentes, são aqueles seleccionados e adaptados ao meio devido às relações com os de sua espécie e também ao ambiente onde vivem.
• A cada geração, a selecção natural favorece a permanência das características adaptadas, constantemente aprimoradas e constantemente melhoradas.

Equações Algébricas de Girard


As relações e Girard são as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica .
Para uma equação do 2º grau , da forma ax2 + bx + c = 0 , já conhecemos as seguintes relações entre os coeficientes e as raízes x1 e x2 :
x1 + x2 = - b/a e x1 . x2 = c/a .

Para uma equação do 3º grau , da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0 , sendo x1 , x2 e x3 as raízes , temos as seguintes relações de Girard :
x1 + x2 + x3 = - b/a
x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a
x1.x2.x3 = - d/a

Para uma equação do 4º grau , da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0 , sendo as raízes iguais a
x1 , x2 , x3 e x4 , temos as seguintes relações de Girard :

x1 + x2 + x3 + x4 = -b/a
x1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3 + x2.x4 + x3.x4 = c/a
x1.x2x3 + x1.x2.x4 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/a
x1.x2.x3.x4 = e/a

Manteiga x Margarina


Margarina é uma gordura alimentar usada em substituição da manteiga.
O seu nome deriva da descoberta do "ácido margárico" por Michel Eugène Chevreul, em 1813.
A manteiga é creme de leite fresco ou fermentado, batido até se transformar numa emulsão de água em gordura. Manteiga é o nome dado de forma exclusiva a ao alimento obtido do leite de vaca, se for de outro animal o nome correto é manteiga de mais o nome do animal de origem. É produzida onde há actividade pecuária, e as suas origens são antiquíssimas, datando seguramente da pré-história.
Ambas têm a mesma quantidade de calorias. A manteiga tem um pouquinho mais de gordura saturada - 8 gramas contra 5 gramas.
Comer margarina pode aumentar em 53% a incidência de doenças cardíacas em mulheres, quando consumida na mesma quantidade que a manteiga, segundo um estudo recente da Universidade de Harvard.
Comer manteiga aumenta a absorção de muitos nutrientes presentes em outros alimentos. A manteiga traz mais benefícios nutricionais, enquanto o pouco que a margarina traz lhe foi adicionado!
A manteiga é muito mais gostosa do que a margarina e pode melhorar o sabor de outros alimentos. A manteiga existe há séculos e a margarina há menos de 100 anos.
A margarina :
- tem teor altíssimo de ácidos graxos tipo trans;
- triplica o risco de doenças coronarianas;
- aumenta o nível de colesterol total e o de LDL (o "mau" colesterol);
- reduz o nível de colesterol HDL (o "bom" colesterol);
- aumenta, em cinco vezes, o risco de câncer;
- reduz a qualidade do leite materno;
- deprime a resposta imunológica;
- reduz a reação insulínica...
E o fato mais perturbador: a diferença entre o plástico e a margarina é de UMA MOLÉCULA
Basta saber disso para evitar, por toda a vida, a margarina e tudo o que for hidrogenado (isto significa que acrescentaram hidrogênio, mudando a estrutura molecular da substância).
Você pode experimentar por si mesmo. Compre uma embalagem de margarina e deixe-a aberta em sua garagem ou algum lugar sombreado. Em poucos dias, você vai notar duas coisas:
- nenhuma mosca (nem aquelas terríveis mosquinhas das frutas) vai chegar perto dela (isso deveria lhe dizer alguma coisa);
- não vai apodrecer, nem ficar com cheiro esquisito. Como não tem nenhum valor nutritivo, nada crescerá nela, nem mesmo aqueles microrganismos minúsculos encontrarão ali um lar para viver.
Por que?
Porque é quase plástico.
E você derreteria seus potes de plástico para passar no seu pão?

PEPSI X COCA-COLA


A Coca-Cola foi criada em 1886, e hoje é um dos refrigerantes mais vendidos do mundo, ela é vendida em 136 países.
Criada pelo farmacêutico John Pemberton em 1886 e originalmente produzida como um remédio patenteado, a Coca-Cola alterou sua fórmula original e gradativamente conquistou novos mercados. Um dos responsáveis pelos sucesso da Coca-Cola Company foi o empresário Asa Griggs Candler, cujas táticas agressivas de marketing levaram a empresa a conquistar largas fatias do mercado de refrigerantes no mundo, a partir do século XX até os dias atuais.
A Pepsi nasceu em 28 de agosto de 1898, quando o farmacêutico Caleb Bradham formulou a Pepsi-Cola, na Carolina do Norte, então chamado Brad's Drink. Caleb Bradham era um farmacêutico de New Bern, Carolina do Norte. Como muitos farmacêuticos da virada do século nos Estados Unidos, ele servia bebidas refrescantes para seus clientes, algumas criadas por ele mesmo. A bebida mais popular delas era a chamada "Brad’s Drink", que era feita de água carbonatada, açúcar, baunilha, aromas de especiarias (canela, cravo, noz moscada, etc.), pepsina e extrato de noz de cola.
O Brad’s drink foi criado no verão de 1898 e posteriormente renomeado como Pepsi Cola, após ter adicionado extrato de noz de cola e pepsina. Em 1902 o sucesso da bebida levou Bradham a dedicar-se totalmente ao novo negócio. O primeiro anúncio em jornal apareceu no New Bern Weekly Journal no mesmo ano. O nome foi registrado em 16 de junho de 1903. Guerra das colas
A guerra começou durante a década de 1980, a Pepsi-Cola realizou uma série de anúncios televisivos mostrando pessoas que participaram em testes de gosto na qual expressaram sua preferência pela Pepsi em relação à Coca. A Coca-Cola também exibiu anúncios para combater os da Pepsi, num incidente às vezes chamado, no meio publicitário, de "a guerra da cola". Um dos anúncios da Coca comparou o então chamado "desafio Pepsi" a dois chimpanzés decidindo que bola de tênis tinha mais tecido. Após isso, a Coca-Cola manteve sua liderança no mercado global de refrigerantes, embora a Pepsi tenha conseguido conquistar brevemente alguns mercados regionais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

NAPALM


O napalm foi desenvolvido em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos por uma equipe de químicos da Universidade Harvard liderada por Louis Frieser. O nome napalm deriva do acrônimo dos nomes dos seus componentes originais, sais de alumínio co-precipitados dos ácidos nafténico e palmítico. Com uma substância muito inflamável e com lenta queima ela foi uma grande arma norte-americana em 1942 pelo seu forte poder de destruição

domingo, 20 de setembro de 2009

Corantes


CORANTES
Há 20.000 anos que o homem começou a exercitar-se no uso das cores. Os caçadores do Período Glacial já pintavam as paredes das cavernas reservadas ao culto, com fuligem e ocre, criando obras que resistiram milênios.
Com o tempo, muitos corantes naturais foram sendo descobertos e, com isso, colorindo o universo que cercava o homem então. Como seria possível imaginar um mundo, sem que houvessem as cores? Talvez parecesse com um deserto escuro e desolador.
Em princípio existem dois meios de se colorir um objeto: cobrindo-o com uma determinada substância colorida, ou fazer com que este objeto seja atacado por um composto, de modo a alterar sua coloração superficial. Devemos, contudo, diferenciar os pigmentos dos corantes solúveis; os pigmentos são pequenos corpúsculos corantes insolúveis que, se misturados com aglutinantes (como verniz ou laca), produzem tintas para cobertura. No caso dos corantes solúveis, as soluções penetram no material a tingir (sobretudo têxteis), não apenas lhe emprestando coloração, mas também reagindo com este material.
Durante séculos o homem utilizou corantes naturais. O vermelho imponente das capas dos centuriões romanos era obitido de um molusco chamado Murex, um caramujo marinho. Outro corante também muito utilizado é o índigo (ainda hoje utilizado para dar coloração às calças jeans), extraído da planta Isatis tinctoria; este corante era conhecido desde os egípicios até os bretões.
Na segunda metade do século XIX, o químico alemão Hofmann convidou um de seus alunos, Willian H. Perkin, para ser seu assistente. Perkin trabalhava sem descanso em seu pequeno laboratório caseiro, estudando a oxidação da fenilamina, também conhecida como Anilina, com dicromato de potássio (K2Cr2O7). Certa vez ao fazer a reação entre estes compostos, apareceu um estranho precipitado; após jogá-lo fora, e lavar os resíduos do frasco com álcool, Perkin se admirou com o aparecimento de uma bonita coloração avermelhada. Ele repetiu a reação sob as mesmas circunstâncias e obteve de novo o corante, que mais tarde o denominou "Púrpura de Tiro"; posteriormente, os franceses chamaram-no de Mauve, sendo adotado até hoje. Imediatamente Perkin patenteou sua descoberta e, com ajuda financeira do pai e do irmão, montou uma indústria de malva.
Após a descoberta da mauva, houve uma imensa corrida dos químicos para conseguir sintetizar outros corantes; entretanto, Perkin montou um amplo laboratório de pesquisa para dar apoio à sua indústria, onde conseguiu sintetizar outros corantes. Para se ter uma idéia do impacto que foi a descoberta deste corante sintético, basta dizer que ainda hoje utilizamos o termo "Anilina" para designar qualquer substância corante; apesar da anilina em si não ser um corante, e sim o ponto de partida para muitos desses.
Em 1874, já milionário, Perkin vendeu a sua indústria para se dedicar exclusivamente à pesquisa, passando a descobrir sínteses históricas. Nessa época, os corantes naturais, cultivados extensamente na Índia, já não conseguiam competir com os sintéticos, já que estes últimos possuem cores mais vivas e variadas.
Atualmente, uma indústria consegue oferecer corantes de mais de 800 tonalidades diferentes, e os computadores conseguem, através de programas específicos, misturar todas essas tonalidades resultando em quantidade e qualidade inatingíveis por processos industriais.
Mas por quê os corantes colorem? Sabe-se que as cores visíveis do espectro são vibrações de vários comprimentos de onda, desde 4000 até 8000 angstrons (1 angstron = 10-8 cm). Alguns compostos podem absorver certas faixas de comprimentos de onda; nesse caso, a substância aparecerá colorida com a cor complementar da absorvida. Complicado? Nem tanto. Basta saber que se uma substância absorve uma determinada coloração (vamos dizer assim para entender, certo?) ela terá a coloração da cor que complementa a que foi absorvida. Com um exemplo fica mais simples: se uma substância absorve o comprimento de onda que corresponde ao "azul-índigo", esta substância terá coloração amarelada; mas se essa substância absorvesse na região do laranja, ela apresentaria coloração azulada.
A química orgânica desde cedo relacionou a presença de certos grupos com a cor das substâncias; este grupos foram chamados de "Cromóforos". Os principais cromóforos conhecidos hoje são: -N=N- (azo) , >C=S (tio) , -N=O (nitroso) etc.
Há ainda substâncias que possuem a capacidade de aumentar a cor devida aos cromóforos presentes; são chamadas "Auxocromos". Um exemplo de auxocromos são os halogênios (cloro, bromo e iodo).

Jean-Baptiste de Lamarck


Jean-Baptiste-Pierre-Antoine de Monet, chevalier de Lamarck, nasceu em Bazentin-le-Petit, Picardia, em 1º de agosto de 1744. Descendente de família nobre, mas de poucos recursos, ficou órfão aos 17 anos. Em Paris, dedicou-se à literatura.
Foi nesse ambiente que lhe veio o gosto pelas ciências naturais. Tornou-se amigo do botânico Augustin Pyrame de Candolle e em 1778 publicou o livro Flore française, destinado a facilitar a identificação prática das plantas de seu país. Bem recebida, essa obra lhe valeu a admiração e proteção do conde Georges de Buffon, que o indicou para a Academia das Ciências, possibilitou-lhe a realização de diversas viagens e conseguiu-lhe um lugar de botânico no Jardin du Roi (depois Jardin des Plantes), que ocupou até 1793. Nessa data, embora botânico, foi nomeado para a cátedra de zoologia dos invertebrados no Museu Nacional de História Natural.

Dedicou-se então à taxionomia e firmou alguns pontos importantes, como a retirada dos aracnídeos e crustáceos da classe dos insetos. Também iniciou uma triagem na classe dos vermes, de Lineu, e nos equinodermos. Foi levado a procurar um sistema natural de classificação e a abandonar o princípio da fixidez das espécies, em franca oposição aos ditadores da ciência francesa da época, Georges Cuvier e Buffon. Seus conceitos sobre a continuidade da matéria viva levaram-no a considerar em conjunto o estudo dos princípios básicos dos organismos, em um campo da ciência que denominou biologia. Cedo reconheceu a existência da variação dentro das espécies, que explicou como decorrente da ação do meio ambiente sobre os organismos.

Lamarck admitiu uma ação mais direta sobre as plantas e animais inferiores. Sobre os demais, onde o sistema nervoso se apresenta complexo, considerou a vontade (sentiment intérieur) e a inteligência como os principais fatores adaptativos, sobre os quais o meio agiria através das necessidades que determinaria e das reações suscitadas por tais necessidades.

Explicava, desse modo, o comprimento do pescoço da girafa como resultante de uma imposição do meio: a necessidade de alcançar folhas dos galhos mais altos das árvores teria provocado o desenvolvimento da região gular, pela ação da vontade. A base da argumentação de Lamarck é a suposição de que as modificações somáticas (que não distinguia das genéticas) de um organismo seriam hereditárias.

Foi também o primeiro a afirmar que a evolução é regida por leis e o primeiro a enunciá-las.

De 1800 a 1806, nas aulas inaugurais dos cursos que ministrava no Museu de Paris, expôs suas idéias, que publicou em 1809 em Philosophie zoologique (Filosofia zoológica) e desenvolveu na Histoire naturelle des animaux sans vertèbres (História natural dos animais invertebrados), publicada entre 1815 e 1822. Ao contrário de Buffon, mostrou que um sistema ideal de classificação deve-se basear na anatomia comparada e na filogenia do grupo tratado.

Lamarckismo


Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.
Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.
Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.

Polinômios


Polinômios
Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como: Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos. Polinômio é um ou mais monômios separados por operações.
As duas podem ser aceitas, pois se pegarmos um polinômio encontraremos nele uma expressão algébrica e monômios separados por operações.

• 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios em monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
• 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.

Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão, multiplicação, potenciação.
Determinar as raízes de polinómios, ou "resolver equações algébricas", é um dos problemas mais antigos da matemática. Alguns polinômios, tais como f(x) = x2 + 1, não possuem raízes dentro do conjunto dos números reais. Se, no entanto, o conjunto de candidatos possíveis for expandido ao conjunto dos números imaginários, ou seja, se se passar a tomar em conta o conjunto dos números complexos, então todo o polinómio (não-constante) possui pelo menos uma raiz (teorema fundamental da álgebra).
Existe uma diferença entre a aproximação de raízes e a determinação de fórmulas concretas que as definem. Fórmulas para a determinação de raízes de polinómios de grau até ao 4º são conhecidas desde o século XVI (ver equação quadrática, Gerolamo Cardano, Niccolo Fontana Tartaglia). Mas fórmulas para o 5º grau têm vindo a escapar aos investigadores já há algum tempo. Em 1824, Niels Henrik Abel provou que não pode haver uma fórmula geral (envolvendo apenas as operações aritméticas e radicais) para a determinação de raízes de polinómios de grau igual ou superior ao 5º em termos de coeficientes (ver teorema de Abel-Ruffini). Este resultado marcou o início da teoria de Galois, onde se aplica a um estudo detalhado das relações entre raízes de polinómios.

Eletrodinamica.


Eletrodinamica
Eletrodinâmica é a parte da física que estuda a energia elétrica em movimento.
Como sabemos, a energia elétrica é muito importante para o mundo de hoje. Sem ela, você não poderia estar visualizando esta página na internet, nem acender lâmpadas ou televisores.
Para começar a estudar essa matéria, é necessário saber algumas coisas estudadas em química. Os átomos são formados por prótons, nêutrons e elétrons. Os elétrons podem estar “presos” ao núcleo, ou seja, não estão livres e não podem se mover livremente. Os elétrons livres é que farão o transporte da energia elétrica (corrente elétrica). Por isso dividimos as substâncias químicas em condutores e não condutores.
Condutores de eletricidade
Para que um material seja condutor de eletricidade, é preciso que ele tenha elétrons livres para que a energia seja transportada dentro da substância. Exemplos de condutores são os metais (cobre, ouro), etc.
Quando os elétrons viajam entre os átomos de uma substância, eles “esbarram” em outros elétrons e no próprio núcleo, fazendo com que os átomos se agitem mais, causando um aumento de temperatura do material. É por isso que qualquer material que transporte eletricidade, irá esquentar. Essa é uma propriedade chamada resistência elétrica.
Existem também os materiais chamados de Supercondutores, que são substâncias que oferecem pouquíssima resistência à passagem de elétrons. Exemplos deles são materiais cerâmicos, que em temperatura normal, se comportam como isolantes, mas se a temperatura for abaixo de 196º negativos, se tornam condutores.
Isolantes (não condutores)
São os materiais que não possuem elétrons livres, e portanto não conseguem transportar energia elétrica. Exemplos de isolantes são a borracha, plásticos, porcelana, água pura (a água de torneira e a água mineral conduzem eletricidade, mas por causa das impurezas (outros minérios) contidas no líquido).
Carga elementar
Cada elétron possui uma carga (e), cuja unidade é o Coulomb (C), e vale 1,6 . 10-19C.
Carga quantizada
É a quantidade de carga elétrica em um determinado número de elétrons. A equação é bastante simples:
Q = n . e
onde n é o número de elétrons e e é carga elementar (1,6 . 10-19).

domingo, 21 de junho de 2009

Clonagem Molecular


Clonar é um processo em que se insere um fragmento de DNA num plasmídeo ou no cromossoma de um fago sendo-lhe permitido replicar-se para produzir numerosas cópias do DNA. A replicação tem normalmente lugar quando o plasmídeo ou cromossoma fágico se introduzem num hospedeiro apropriado (ex: uma bactéria ou uma célula de levedura) e o aparelho de síntese do DNA do hospedeiro replica o DNA inserido na célula hospedeira. Normalmente, o DNA dador corresponde a uma pequena porção do genoma de uma célula e encontra-se representado por uma ou duas cópias por célula. Logo, antes de se poder extrair o DNA dador tem de se obter, a partir, quer de uma pequena porção de tecido, quer de uma cultura de células, um número suficiente de células desejado. Depois de se ter obtido um número suficiente de células contendo o material genético pretendido, cada célula tem que ser rebentada e o material genético extraído.

Após o isolamento de uma informação genética, por exemplo, um fragmento de DNA obtido pela clivagem com enzimas de restrição, este fragmento deverá ser inserido numa outra molécula de DNA diferente, capaz de amplificar aquela informação genética em centenas de cópias. Este processo de amplificação é obtido através do uso de moléculas de DNA que são os chamados vetores de clonagem molecular. Atualmente, os tipos básicos de vetores usados na tecnologia do DNA recombinante apresentam características especiais que os tornam excelentes veículos de clonagem em diferentes situações.

A recombinação entre moléculas de DNA de diferentes organismos é um fenômeno comum na natureza. Vírus como o fago l têm a capacidade de inserir o seu genoma no cromossoma de E. coli. Neste processo, eles podem mudar o conteúdo genético da célula e por vezes uma bactéria torna-se patogênica, ao receber nova informação genética de um vírus. Por exemplo, quando a bactéria Corynebacterium diphtheriae é infectada por um vírus b , produz-se uma toxina que é responsável pelos sinais e sintomas da difteria. O genoma viral que codifica a toxina insere-se no cromossoma bacteriano sob a forma de um provírus. Esta alteração genética na bactéria, causada pelo vírus, conhecida como "conversão lisogênica", é um exemplo de engenharia genética na natureza.

Louis Pasteur e a Isoméria Óptica


Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 — Villeneuve-L'Etang, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês cujas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina. A ele se deve a técnica conhecida como pasteurização.Louis Pasteur nasceu em Dole no dia 27 de dezembro de 1822. Seu pai foi sargento da armada napoleônica. Pasteur não foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na universidade. Quando bem jovem tinha gosto pela pintura e fez diversos retratos de sua família. Aos 19 anos abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, o que perdurou para toda a sua vida. Em 1847 ele completou seus estudos de doutorados na escola de física e química em Paris.
Iniciou seus estudos no Colégio Royal em Besançon, transferindo-se para a Escola Normal Superior em 1843 de Paris estudando química, física e cristalografia. Foi na cristalogia que Pasteur fez suas primeiras descobertas. Descobriu em 1848 o dimorfismo do ácido tartárico, ao observar no microscópio que o ácido racêmico apresentava dois tipos de cristais, com simetria especular. Foi portanto o descobridor das formas dextrógiras e levógiras, comprovando que desviavam o plano de polarização da luz no mesmo ângulo porém em sentido contrário. Esta descoberta valeu ao jovem químico, com apenas 26 anos de idade, a concessão da "Légion d'Honneur" Francesa.
Após licenciar-se e assistir às aulas do grande químico francês Jean-Baptiste Dumas, começou a se interessar pela química.
Exerceu o cargo de professor de química em Dijon e depois em Estrasburgo. Ele casou-se com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia. Em 1854 foi nomeado decano da Faculdade de Ciências na Universidade de Lille.
A pedido dos vinicultores e cervejeiros da região, começou a investigar a razão pela qual azedavam os vinhos e a cerveja. De novo, utilizando o microscópio, conseguiu identificar a bactéria responsável pelo processo. Propôs eliminar o problema aquecendo a bebida lentamente até alcançar 48° C, matando, deste modo, as bactérias, e encerrando o líquido posteriormente em cubas herméticamente seladas para evitar uma nova contaminação. Este processo originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos. Demonstrou, desta forma, que todo processo de fermentação e decomposição orgânica ocorre devido à ação de organismos vivos.
Na Inglaterra, em 1865, o cirurgião Joseph Lister aplicou os conhecimentos de Pasteur para eliminar os microorganismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Em 1871, o próprio Pasteur obrigou os médicos dos hospitais militares a ferver o instrumental e as bandagens que seriam utilizados nos procedimentos médicos.
Expôs a "teoria germinal das enfermidades infecciosas", segundo a qual toda enfermidade infecciosa tem sua causa (etiologia) num micróbio com capacidade de propagar-se entre as pessoas. Deve-se buscar o micróbio responsável por cada enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo.
Pasteur passou a investigar os microscópicos agentes patogênicos, terminando por descobrir vacinas, em especial a anti-rábica. Fundou em 1888 o Instituto Pasteur, um dos mais famosos centros de pesquisa da atualidade.
Pasteur foi quem derrubou definitivamente a idéia da abiogênese, com a utilização de uma vidraria chamada pescoço de cisne. Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço comprido. Em seguida, aqueceu e esticou o pescoço do balão, curvando sua extremidade, de modo que ficasse voltada para cima. Ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram, sob forma líquida, na sua curvatura inferior.
Como os frascos ficavam abertos, não se podia falar da impossibilidade da entrada do "princípio ativo" do ar. Com a curvatura do gargalo, os microrganismos do ar ficavam retidos na superfície interna úmida e não alcançavam o caldo nutritivo. Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, permitindo o contato do caldo existente dentro dele com o ar, constatou que o caldo contaminou-se com os microrganismos provenientes do ar. Morreu em Villeneuve-L'Etang no dia 28 de Setembro de 1895.

Isomeria Óptica

Os compostos que possuem mesma fórmula molecular, porém diferentes atividades ópticas são chamados de isômeros ópticos.

Atividade Óptica



Quando a luz prolongada (após passar pelo prisma de Nicol - polarizador) atravessa o composto orgânico em análise, observamos os seguintes resultados:

No caso “a”, a luz polarizada que vibrava num determinado plano, ao atravessar o composto orgânico, continuou vibrando no mesmo plano. Dizemos, então, que o composto em questão não tem atividade sobre a luz; ele é opticamente inativo.

No caso “b” , a luz polarizada, após atravessar o composto orgânico, passou a vibrar em um plano à direita daquele em que vibrava anteriormente. Portanto o composto é opticamente ativo. Por ter girado o plano da luz polarizada para a direita, dizemos que é dextrógiro.

No caso “c”, após atravessar o composto orgânico, a luz polarizada passou a vibrar num plano à esquerda do original. Concluímos que o composto é opticamente ativo. Por ter girado o plano de vibração da luz polarizada para a esquerda, dizemos que é levógiro.

A atividade óptica de um composto está relacionada diretamente com a assimetria de suas moléculas.

Molécula assimétrica é a que nunca se consegue dividir de modo que os dois lados resultantes dessa divisão fiquem iguais. Essa assimetria molecular pode ser expressa de dois modos: presença de carbono assimétrico e assimetria molecular propriamente dita (sem carbono assimétrico).

Química na agricultura


Um tema polêmico é a presença da Química na Agricultura. Diversas substâncias, naturais ou produzidas em laboratório, classificadas como orgânicas ou minerais, têm trazido, por um lado, benefícios no que refere à correção do solo e aumentando a produtividade mas, por outro, são responsáveis por sérias degradações ambientais, provocadas pelo uso indevido e cada vez mais crescente dessas substâncias.
O uso da química na agricultura, até recentemente, era visto como modernidade. Marcus Barifouse Matallo, do Instituto Biológico, é um dos pesquisadores brasileiros mais credenciados sobre o tema. A preocupação com o seu controle surgiu na década de 50, mas só em 1959 o poder público se sensibilizou para que fosse criado um regulamento sobre os níveis de resíduos nos alimentos. O Ministério da Agricultura, por sua vez, começou a prestar atenção no problema só em 1974, quando passou a exigir dados sobre o agroquímico a ser registrado. Em 1977, o Rio Grande do Sul criou a primeira legislação sobre o uso de pesticidas e, no ano seguinte, o Instituto Biológico iniciou um monitoramento em frutas e hortaliças na Ceagesp de São Paulo.
Antonio Batista Filho, colega de Matallo no IB, defende uma integração entre química e biologia no controle de pragas e doenças dos alimentos. “Este é o paradigma do meio rural, a busca de um alimento saudável. Está avançado o espírito de se produzir alimentos com menos contaminação. Nós temos necessidade de produtos químicos nos grandes cultivos, mas há possibilidade de reduzir a quantidade com o uso de moléculas mais seletivas”, avalia.
O especialista lembra que a agricultura orgânica, que abole o uso de inseticidas e fertilizantes, teve um significativo avanço em pouco mais que uma década. Em 1987, a Europa cultivava 250 mil hectares organicamente. Em 2000 foram 2,9 milhões de hectares. O problema, segundo Batista, é o custo para o consumidor, até 50% acima do preço do produto cultivado tradicionalmente. Mesmo assim, a demanda cresce 40% anualmente.No Brasil, os produtos orgânicos representam 2% no setor de frutas, verduras e legumes, com defasagem de 40% entre oferta e demanda, segundo dados dos hipermercados Extra e Carrefour. A Associação de Agricultura Orgânica do Estado de São Paulo informa que as vendas subiram de R$ 5 milhões em 1999 para R$ 20 milhões em 2000.
Em contrapartida, as vendas de defensivos químicos, que em 92 foram de US$ 947 milhões de dólares, chegaram a US$ 3,4 bilhões em 99. No mundo, esses produtos industriais consomem anualmente US$ 30 bilhões, segundo Francisco José Severino, técnico da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).

Forças Elétricas e a Lei de Coulomb


Imaginemos dois corpos eletrizados, colocados nas proximidades um do outro; a experiência mostra que eles se atraem ou se repelem, dependendo do sinal das cargas de cada um. Esse fato é conhecido desde o século XVIII, a partir do trabalho realizado em 1734 por Charles Du Fay, e pode ser resumido pela frase "cargas iguais se repelem e cargas opostas se atraem".

Mas isso é muito pouco! Precisamos saber mais a respeito dessas forças elétricas.

Em 1766 Joseph Priestly descobriu que as forças elétricas se comportavam de maneira semelhante às forças gravitacionais. Suas conclusões podem ser resumidas assim:

# a força elétrica (de atração ou de repulsão) é diretamente proporcional à quantidade de carga contida em cada corpo (quanto mais carregados, maior a força);

# a força age segundo a direção da linha imaginária que une os dois corpos;

# a força é inversamente proporcional à distância entre os dois corpos, e depende do inverso do quadrado dessa distância.

Tais conclusões só foram totalmente aceitas depois que Charles de Coulomb executou medidas muito cuidadosas, em 1785, elaborando depois a expressão matemática que ficou conhecida como "Lei de Coulomb".

Voltemos agora à experiência da caneta. Quando a esfregamos na roupa, conseguimos atrair pedacinhos de papel, de linha, fragmentos de isopor, algodão e outros objetos leves. Mas esses objetos não foram inicialmente eletrizados: estão neutros! Quer dizer que, para sofrer atração elétrica o objeto não precisa estar eletrizado também? A resposta é: ele não precisa estar eletrizado, mas precisa estar polarizado. Vejamos como é isso.

Ao aproximarmos um corpo eletrizado de um neutro, os átomos deste último "sentem" a presença das cargas externas que estão nas vizinhanças (lembremos que o átomo, embora neutro, possui cargas positivas no centro e negativas na parte externa). Imaginemos que o corpo eletrizado seja positivo (no caso contrário o raciocínio é semelhante). Em tal situação as nuvens eletrônicas (que são negativas) do corpo neutro são atraídas pelas cargas positivas externas e se deformam.

Já que isso acontece com todos os átomos do corpo neutro, resulta um acúmulo de cargas negativas na extremidade próxima ao corpo positivo, e um acúmulo de cargas positivas na extremidade distante.

Os átomos do corpo neutro continuam neutros, mas suas cargas se deslocaram. De acordo com a Lei de Coulomb, quanto menor a distância maior a força, e por isso a atração exercida sobre as negativas (que estão mais próximas) é maior do que a repulsão sobre as positivas (que estão mais distantes). Resultado final: atração! Os papeizinhos grudam na tampa da caneta, e os fragmentos de palha grudam no âmbar.

A atração de partículas polarizadas é usada em purificadores de ar, onde uma grade eletrizada atrai e retém grãozinhos microscópicos de poeira. Esse mesmo princípio é utilizado em chaminés de indústrias, para extrair, da fumaça, o seu conteúdo particulado e assim diminuir a poluição do ar.

Como se calcula o valor da força elétrica? Usando a Lei de Coulomb! A Lei de Coulomb é o resumo das observações de Priestly em forma de equação matemática. Dizemos que Priestly fez observações "qualitativas", e que Coulomb as expressou em forma "quantitativa".

A afirmação de que "a força elétrica é diretamente proporcional à quantidade de carga contida em cada corpo" é escrita em linguagem matemática como uma multiplicação entre as duas cargas. A força é também inversamente proporcional ao quadrado da distância, então fazemos uma divisão pela distância elevada ao quadrado. Fica assim:


Fel (q1 × q2) ÷ d2
A expressão acima não é ainda uma equação, porque nela não aparece o sinal de "igual". O símbolo "" significa "proporcional". Como transformar a expressão em equação? Foi esse o trabalho de Coulomb. Fazendo suas medições minuciosas, ele verificou que para transformar a "proporcionalidade" em "igualdade" estava faltando um fator multiplicativo. Representando esse fator pela letra ko podemos escrever:


F = ko (q1 × q2) ÷ d2
Essa é a Lei de Coulomb.

O conceito de força é muito útil nas aplicações práticas da Física e da Engenharia, e sua unidade no Sistema Internacional é o "newton" (símbolo N). Por coerência, as cargas devem ser expressas em coulombs (C), e a distância em metros (m). Nesse sistema de unidades o valor da constante de proporcionalidade ko será de 9,0×109 N.m2 / C2. Para o ar e para o vácuo pode-se usar esse valor sem correções, mas para os outros meios materiais é necessário dividí-lo pela correspondente constante dielétrica.

Alguns exemplos:

Meio Material Constante Dielétrica (k)
Vácuo 1,0000
Ar 1,0005
Água 78
Óleo 4,6
Vidro 4,5
Papel 3,5
Polietileno 2,3
Mica 5,4

Números Complexos


Em matemática, os números complexos são os elementos do conjunto C, uma extensão do conjunto dos números reais R, onde existe um elemento que representa a raiz quadrada de número -1, a assim chamada unidade imaginária.
Cada número complexo C pode ser representado na forma:
C = a + b
onde e são números reais conhecidos como parte real e parte imaginária de C e denota a unidade imaginária:
i² = -1
O conjunto dos números complexos constitui uma estrutura algébrica denominada Corpo. Este corpo é algebricamente fechado. Os complexos possuem também um módulo que, usado como norma, conduz a um espaço normado topologicamente completo.
Os números complexos encontram aplicação em numerosos problemas da matemática, física e engenharia, sobretudo da solução de equações algébricas e equações diferenciais
Em engenharia e física, é comum a troca da letra i pela letra j, devido ao freqüente uso da primeira como indicação de corrente elétrica.

domingo, 19 de abril de 2009

I Amostra

I Amostra do mês de Abril, realizada pelos alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Carlos Drummond de Andrade

Guilherme Henriques de Godoy

Henrique Ito

Rafael Martinez Pires

Rodrigo Ascêncio Clemente

Rodrigo Petricervic Pereira

Geometria analitica - Carl Friedrich Gauss


Johann Carl Friedrich Gauss (Braunschweig, 30 de Abril de 1777 — Göttingen, 23 de Fevereiro de 1855), foi um matemático, astrônomo e físico alemão. Conhecido como o príncipe dos matemáticos. Muitos consideram Gauss o maior gênio da história da matemática. Seu QI foi estimado em cerca de 240.[carece de fontes?]

Seu pai, Gerhard Diederich, era jardineiro e pedreiro. Severo e brutal, tudo fez para impedir que seu filho desenvolvesse seu grande potencial.[carece de fontes?] Foi salvo por sua mãe Dorothea e seu tio Friederich que percebeu da inteligência de seu sobrinho.[carece de fontes?]

Tinha memória fotográfica, tendo retido as impressões da infância e da meninice nítidas até a sua morte. Ressentia-se de que seu tio Friederich, um gênio, perdera-se pela morte prematura.[carece de fontes?]

Antes disso já aprendera a ler e a somar sozinho. Aos sete anos entrou para a escola. Segundo uma história famosa, seu diretor, Butner, pediu que os alunos somassem os números inteiros de um a cem. Mal havia enunciado o problema e o jovem Gauss colocou sua lousa sobre a mesa, dizendo: ligget se! Sua resposta, 5050, foi encontrada através do raciocínio que demonstra a fórmula da soma de uma progressão aritmética[1]. Alguns autores argumentam que o problema seria de ordem bastante mais complexa, sugerindo que poderia ser uma soma de uma progressão aritmética como 81097 + 81395 + 81693 + ..... + 110897 [carece de fontes?].

Butner ficou tão atônito com a proeza de um menino de dez anos que pagou do próprio bolso livros de aritmética para ele, que os absorvia instantaneamente. Reconhecendo que fora ultrapassado pelo aluno, passou o ensino para seu jovem assistente, Johann Martin Bartels (1769-1856), apaixonado pela matemática. Entre Bartels, com dezessete anos, e o aluno de dez nasceu uma boa amizade que durou toda a vida. Eles estudavam juntos, ajudando-se em suas dificuldades.

O encontro de Gauss com o teorema binômio inspirou-o para alguns de seus maiores trabalhos, se tornando Gauss, o primeiro "rigorista". Insatisfeito com o que ele e Bartels encontravam em seus livros, Gauss foi além, e iniciou a análise matemática.

Nenhum matemático anterior tinha a menor concepção do que é agora aceitável como prova, envolvendo o processo infinito. Ele foi o primeiro a ver que, a "prova" que pode levar a absurdos como "menos 1 é igual ao infinito", não é prova nenhuma. Mesmo que, em alguns casos, uma fórmula dê resultados consistentes, ela não tem lugar na matemática, até que a precisa condição sob a qual ela continuará a se submeter, tenha sido determinada consistentemente. O rigor imposto por Gauss à análise matemática a tornou totalmente diferente e superou toda a análise matemática feita por seus antecessores.

Efeito Doppler


O efeito Doppler é uma característica observada nas ondas quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em movimento com relação ao observador. Foi-lhe atribuído esse nome em homenagem a Johann Christian Andreas Doppler, que o descreveu teoricamente pela primeira vez em 1842. A primeira comprovação foi obtida pelo cientista alemão Christoph B. Ballot, em 1845, em um experimento com ondas sonoras.
Em ondas eletromagnéticas, esse mesmo fenômeno foi descoberto de maneira independente, em 1848, pelo francês Hippolyte Fizeau. Por esse motivo, o efeito Doppler também é chamado efeito Doppler-Fizeau.

O Princípio de Huygens


O Princípio de Huygens é um método de análise apicada aos problemas de propagação de ondas.
Através dos escritos deixados por Huygens, pode-se perceber que cada ponto localizado na frente de onda se comporta como uma nova fonte pontual de emissão de novas ondas esféricas, que ao se somarem formarão uma nova frente de onda e assim consecutivamente.
Segundo o próprio Huygens, «... no estudo da propagação destas ondas deve-se considerar que cada partícula do meio através do qual a onda evolui não só transmite o seu movimento à partícula seguinte, ao, longo da reta que parte do ponto luminoso, mas também a todas as partículas que a rodeiam e que se opõem ao movimento. O resultado é uma onda em torno de cada partícula e que a tem como centro.».

Hidrocarbonetos: fontes de poder e discórdia


3-ciclopentil-3-etilexano, um hidrocarboneto mais complexo.


Em química, um hidrocarboneto é um composto químico constituído essencialmente por átomos de carbono e de hidrogênio.
Os hidrocarbonetos naturais são compostos químicos constituídos apenas por átomos de carbono (C) e de hidrogênio (H), aos quais se podem juntar átomos de oxigênio (O), azoto ou nitrogênio (N) e enxofre (S) dando origem a diferentes compostos de outros grupos funcionais. São conhecidos alguns milhares de hidrocarbonetos. As diferentes características físicas são uma conseqüência das diferentes composições moleculares. Contudo, todos os hidrocarbonetos apresentam uma propriedade comum: oxidam-se facilmente liberando calor.

Pauling e a vitamina C


Linus Pauling, Ph.D., foi a única pessoa que ganhou dois prêmios Nobel sem dividir. Ele recebeu os prêmios de química em 1954 e da paz em 1962. Sua morte recente estimulou muitos tributos a suas conquistas científicas. Seu impacto no mercado da saúde, entretanto, foi tudo menos louvável. 
Pauling é largamente responsável pela disseminação da crença errônea de que altas doses de vitamina C são eficazes contra resfriados, gripes e outras doenças. Em 1968, ele postulou que as necessidades das pessoas por vitaminas e outros nutrientes variam notadamente e que para manter boa saúde, muitas pessoas precisam de quantidades de nutrientes muito superior a Ingestão Diária Recomendada (IDRs). E ele especulava que megadoses de certas vitaminas e minerais podiam muito bem ser o tratamento de escolha para algumas formas de doenças mentais. Denominou esta abordagem de "ortomolecular," que significa "molécula certa." Após isto, continuamente expandiu a lista de doenças que ele acreditava poderiam ser influenciadas pela terapia "ortomolecular" e o número de nutrientes disponíveis para tal uso. Nenhum cientista da nutrição ou médico responsável compartilha estes pontos de vista. 
Em 1970, Pauling anunciou em Vitamin C and the Common Cold que tomar 1.000 mg de vitamina C diariamente reduziria a incidência de resfriados em 45% para a maioria das pessoas mas que algumas precisariam quantidades muito maiores. (A IDR para vitamina C é de 60 mg). A revisão de 1976 do livro, agora com o título de Vitamin C, the Common Cold and the Flu, sugeria doses ainda maiores.

Büchner – Fermentação e Vitalismo


O vitalismo é a posição filosófica caracterizada por postular a existência de uma força ou impulso vital sem a qual a vida não poderia ser explicada. Tratar-se-ia de uma força específica, distinta da energia, estudada pela Física e outras ciências naturais, que actuando sobre a matéria organizada daria como resultado a vida. Esta postura opõe-se às explicações mecanicistas que apresentam a vida como fruto da organização dos sistemas materiais que lhe servem de base.
Antes do fracasso do mecanicismo cartesiano na explicação da singularidade do orgânico, o vitalismo começa a expandir-se pela Europa, em finais do século XVIII. Em biologia, este quadro teórico teve um momento fecundo, porque afastava o vivo do mecanismo e explicações causais e redutivas do pensamento cartesiano (século XVII), sem cair no sobrenatural. Em sentido estrito, o termo designa a escola de Montpellier (Barthez (1734-1806)).
O fim do vitalismo dá-se com a descoberta de Eduard Buchner (Prémio Nobel de 1907); pai da Bioquímica; acerca da acção enzimática das leveduras. Receita de cozinha: 1Kg de fermento de padeiro + 1Kg Areia - (moagem) - Misturar 100g H2O - filtrar pasta em prensa hidráulica - filtração em papel - Extracto livre de células, com acção catalítica (fermentação)
Filho de um médico e professor de medicina, começou seus estudos de química em 1884 com Adolf von Baeyer e botânica com C. von Naegeli no Instituto de Botânica de Munique. Depois de um período de tempo trabalhando com Otto Fischer em Erlangen, obteve o doutorado pela Universidade de Munique em 1888. Desde 1893 foi sucessivamente professor nas seguintes instituições: Kiel, Tubinga, Berlim, Breslau e Wurzburgo.
Em 1907 recebeu o prêmio Nobel de Química pela descoberta do processo de fermentação na ausência de células vivas.
A fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo, chamados nestes casos de fermentos. Exemplo de fermentação é o processo de transformação dos açúcares das plantas em álcool, tal como ocorre no processo de fabricação da cerveja, cujos álcool etílico e CO2 (gás carbônico) são produzidos a partir do consumo de açucares presentes no malte, que é obtido através da cevada germinada.

Representação Geral da estrutura do DNA



Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.
Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.
Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.

Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.
Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.
Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.